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terça-feira, 12 de novembro de 2013

O impacto da tecnologia na vida e no trabalho do brasileiro




Um estudo encomendado pela Intel, empresa fabricante de computadores, levantou dados sobre a percepção e a expectativa das pessoas com relação ao impacto da tecnologia e da inovação em suas vidas. Intitulada “Intel Global Innovation Barometer”, a pesquisa ouviu 12 mil pessoas em oito países, entre eles o Brasil. O estudo mostrou que os brasileiros são grandes entusiastas da inovação, mas ao mesmo tempo acreditam que a sociedade tornou-se muito dependente da tecnologia e que as informações pessoais deveriam ser preservadas.

“Os brasileiros apresentam um perfil bastante atípico, de otimismo cauteloso. Entre os países emergentes, o Brasil é o que apresenta um perfil mais parecido com o que encontramos em mercados já desenvolvidos”, comentou Fernando Martins, Presidente da Intel Brasil. “De uma forma geral, o brasileiro acredita no poder da tecnologia em gerar um impacto positivo em sua vida e na sociedade, mas também tem algumas ressalvas quanto a algumas questões, como por exemplo, o uso de informações pessoais por corporações ou serviços”.

Acreditando na tecnologia

Na comparação global, fica claro como os brasileiros são apaixonados pela tecnologia. Nove em cada 10 brasileiros acreditam que a tecnologia torna sua vida mais fácil e que a inovação tecnológica tem um efeito positivo na sociedade (95%, contra 84% da média global). Os brasileiros também estão muito otimistas com o futuro da indústria local de tecnologia (92%, contra 69% na média global) e um em cada três brasileiros acreditam que o Brasil está no caminho certo para se tornar um líder global em inovação. Outros países que apresentaram alto índice de confiança na tecnologia e na indústria local são economias emergentes como Índia (98%), Indonésia (86%) e China (84%). Os Estados Unidos são o único país desenvolvido entre os pesquisados que demonstrou alto índice de confiança na indústria – 88%.

Embora o otimismo do Brasil esteja mais alinhado com os mercados emergentes, o Brasil também apresenta uma característica em comum com as economias mais desenvolvidas – em especial a desconfiança em compartilhar informações pessoais para ajudar a criar tecnologias inovadoras. Por exemplo, 51% dos brasileiros disseram não se sentir confortáveis em deixar empresas acessarem informações bancárias para criarem tecnologias e serviços inovadores, contra 39% na China, 21% na Índia e 28% na Indonésia.

Grande parte dos brasileiros (70%) também acredita que a sociedade atual é demasiadamente dependente da tecnologia – preocupação que é bem menor em países como China (32%), Itália (33%), Indonésia (41%) e Japão (47%). Em todos os países, os jovens com menos de 25 anos foram mais propensos a acreditar que nossa sociedade poderia fazer um uso maior da tecnologia.

Inovação em Educação e Saúde

A educação (70%) e a saúde (56%) concentram as maiores expectativas por inovação por parte dos brasileiros. A ideia de que a tecnologia pode melhorar a qualidade da educação é universal no país, com 96% de respostas positivas, e 57% acreditam que ensinar a usar ferramentas tecnológicas é tão importante quanto outras disciplinas fundamentais durante o ensino básico. Mais de três em cada quatro brasileiros querem mais investimentos em tecnologia nas escolas (81%) e que as escolas e professores confiem mais na tecnologia (77%).

Quando perguntados sobre quais as mudanças a tecnologia poderia trazer ao ensino básico na próxima década, oito em cada 10 brasileiros acreditam na adoção de módulos online como um suplemento ao estudo em sala de aula e ao professor, enquanto apenas 46% – uma das menores média globais – acreditam que o estudo online pode substituir definitivamente o professor.

No que tange a saúde, enquanto países mais desenvolvidos apresentam mais desconfiança quanto ao uso de novas tecnologias, os países emergentes abraçam as novidades com muito mais entusiasmo. No Brasil, as pessoas se sentiriam confortáveis em usar tecnologias como frascos de remédios com sensores (83%), assentos sanitários com sensores (78%), cápsulas ingeríveis com sensores (74%), consultas via comunicação à distância (72%) ou robôs cirurgiões (60%). Mais da metade dos brasileiros acreditam que seriam capazes de monitorar sua pressão arterial com o uso de tecnologia (52%), enquanto 39% acreditam que seriam capazes de capturar imagens de ultrassom por meio de dispositivos pessoais. Os brasileiros também são a favor da ideia de compartilhar informações sobre sua saúde de forma anônima em troca de custos reduzidos para os tratamentos e remédios.

Inovação no trabalho e nas cidades

O brasileiro vê a tecnologia como um aliado, e não como uma ameaça. Enquanto três em cada quatro pessoas nos países emergentes estão receosas que suas posições de trabalho possam ser eliminadas pela tecnologia na próxima década, no Brasil apenas 48% tem a mesma preocupação. “Os brasileiros veem a tecnologia como ferramentas de produtividade – ela está lá não para substituí-lo, mas para fazê-los trabalhar de forma mais eficiente e produtiva. Oito em cada dez brasileiros acreditam que a tecnologia trará mais benefícios do que desafios para suas carreiras” . comentou Fernando Martins.

Também são grandes as expectativas de que a tecnologia possa melhorar a vida nas grandes cidades – 73% dos brasileiros acreditam que as cidades deveriam investir em novas soluções tecnológicas para os problemas enfrentados pelas grandes cidades, coletando dados de forma anônima para melhorar a gestão dos serviços públicos. O Brasil é o segundo país com mais confiança no poder da tecnologia para melhorar as cidades, marginalmente abaixo da Indonésia (75%) e significativamente acima da média global (60%).

As expectativas dos brasileiros são em relação à inovação urbana estão concentradas em agilizar o deslocamento (51%), reduzir o tráfego (48%) e melhorar o meio ambiente (42%). Há também uma expectativa de que a tecnologia reduza o custo de gerenciamento das cidades – 35% das pessoas aceitariam compartilhar dados pessoais sobre suas atividades e descolamentos pela cidade se isso gerasse maior economia para os cofres públicos e para os cidadãos.


Fonte: Você Rh

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