A pesquisa engloba 12.500 empresas privadas em 44 países
42% das empresas no Brasil contrataram nos últimos 12 meses, segundo informações do International Business Report (IBR) 2013 da Grant Thornton. A porcentagem representa o maior nível do resultado da pesquisa desde 2009 e superou a média global de 24%.
O resultado colocou o Brasil na 5ª posição entre os países que mais contratam no ranking mundial em 2012. A pesquisa engloba 12.500 empresas privadas em 44 países.
O País ficou atrás da Índia (62%), Turquia (60%), Peru (57%) e Chile (43%), todos mercados emergentes. Na contramão, países como Grécia (-38%) e Espanha (-24%) continuam apresentando um cenário pessimista com relação ao emprego. “Mesmo quatro anos após a crise ainda há uma grande parcela da população desempregada e sem uma definição clara ainda se os países da Zona do Euro sairão da atual situação ao longo do ano. Por outro lado, a despeito da latente falta de qualificação da mão de obra local, nossas empresas estão contratando como nunca.”, afirma Paulo Sergio Dortas, Managing Partner da Grant Thornton do Brasil.
Para o executivo, é importante ainda destacar que este aumento ocorreu em um cenário de baixo crescimento do PIB e atraso nas principais obras do País. “Neste cenário é de se supor que, caso o Brasil consiga romper as barreiras que vem paralisando as iniciativas de infraestrutura, teremos em 2013 mais um ano de recordes”, diz Dortas.
O IBR 2013 da Grant Thornton mostrou também que 24% dos empresários brasileiros pretendem elevar os salários dos seus colaboradores acima da inflação nos próximos doze meses. O percentual sobe para 88% quando se trata de elevações também em linha com a inflação.
“Para o Brasil, onde há cada vez mais uma escassez de mão de obra qualificada, uma tendência seria o de aumentos acima da inflação para as funções e cargos mais qualificados.”, avalia Dortas.
Estão entre os países que mais pretendem dar aumentos reais a seus empregados a Suécia (42%), o Chile (33%), a Tailândia (27%), a Índia e o Peru (ambos com 26%). Na contramão aparecem a Irlanda e a Grécia (com 1%) e a Espanha, Itália e Dinamarca (3%). “Os empresários tendem a aguardar mais definições sobre a situação econômica na Europa e Estados Unidos antes de definirem custos adicionais, além dos sinais de um melhor desempenho local em 2013”, completa Dortas.
Coleta de dados
A pesquisa é realizada principalmente por meio de entrevistas telefônicas com duração de aproximadamente 15 minutos, com exceção do Japão (por correio), das Filipinas e da Armênia (pessoalmente), China continental e Índia (combinação de entrevistas pessoalmente e por telefone), onde as diferenças culturais requerem uma abordagem própria. As entrevistas telefônicas permitem à Grant Thornton International realizar a quantidade exata recomendada de pesquisas e garantir que as pessoas mais apropriadas sejam entrevistadas dentro das organizações que cumprem com os critérios de perfil exigidos. A coleta de dados é administrada pelo sócio principal de pesquisa da Grant Thornton International - Experian Business Strategies. Os questionários são traduzidos para os idiomas locais, e cada país participante tem a opção de realizar perguntas específicas e adicioná-las ao questionário principal.
Regiões
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Economias incluídas no IBR
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Ásia- Pacífico (APAC)
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Austrália, Hong Kong, Índia, Japão, China, Malásia, Nova
Zelândia, Filipinas, Singapura, Taiwan, Tailândia, Vietnã.
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Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)
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Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia, Vietnã.
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BRIC
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Brasil, Rússia, Índia, China.
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União Europeia (UE)
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Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia,
Irlanda, Holanda, Polônia, Espanha, Itália, Estônia, Lituânia, Suécia e Reino
Unido.
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G7
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Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados
Unidos.
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América Latina
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Argentina, Brasil, Chile, México, Peru.
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Nórdicos
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Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia.
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América do Norte
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Canadá e Estados Unidos
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Outros
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Armênia, Bósnia, Geórgia, Latvia,África do Sul, Bósnia, Suíça,
Turquia e Emirados Árabes.
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Fonte: Administradores
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