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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Envelhecimento da população: o mercado de trabalho está preparado?

Pesquisador da Unicamp diz que, hoje, o que sobra é mão de obra. Mas, no futuro, mercado precisa se reestruturar

Desde 2000, a população brasileira cresce a uma taxa de 1,17% ao ano. Segundo os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em agosto do ano passado, havia no País mais de 190 milhões de pessoas. E, nessa pirâmide populacional, os mais novos estão perdendo cada vez mais espaço para os mais velhos. Isso significa dizer que, a cada ano que passa, o Brasil vai ficando cada vez mais velho. Nesse cenário, como fica o mercado de trabalho?

Para o sociólogo Ricardo Ojima, pesquisador do Núcleo de Estudos de População da Unicamp, de São Paulo, a tendência é que o mercado de trabalho altere os seus processos, a fim de absorver os mais idosos, que nos próximos anos vão representar boa parte da população. “Por enquanto, o que vemos é que a maior parte da população hoje é economicamente ativa”.

Os dados do IBGE mostram que a representatividade da população com idade de até 25 anos vem caindo, devido às quedas nas taxas de natalidade. Enquanto isso, a participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 5,9% em 2000, subiu para 7,4% em 2010, principalmente por conta das quedas nas taxas de mortalidade. “O envelhecimento absoluto da população está em processo ainda”, ressalta o pesquisador.

Reestruturação
 
Diante de um processo semelhante ao que ocorreu e ocorre em muitos países europeus, o mercado de trabalho deve começar a se reestruturar. E não apenas para quem estará no topo da pirâmide etária.
Aqueles que estarão nos próximos anos na idade adulta, economicamente ativa, também sentirão mudanças no mercado, devido ao envelhecimento da população. “Haverá uma reestruturação do mercado, com a criação de novas demandas em áreas médicas”, acredita Ojima.

Para o pesquisador, se comparado com o histórico de países que já enfrentaram problemas com o envelhecimento da população, o Brasil poderá enfrentar a falta de profissionais para trabalhos que exigem menos qualificação.

Ojima explica que, se o grau de desenvolvimento do País permanecer elevado e se o processo de qualificação se mantiver elevado, é possível que o Brasil passe a importar profissionais. “Hoje, temos um processo maior do que era antes e, dependendo da estrutura da indústria, pode haver a transferência de mão de obra”, afirma.

Com os países europeus em crise, o Brasil começa a entrar na rota dos profissionais estrangeiros. Os dados do Ministério do Trabalho mostram isso, ao apontar para um forte salto no número de vistos de trabalho concedidos pelo Brasil a estrangeiros no ano passado. De 2009 para 2010, o crescimento foi de 30,5%. Ao todo, foram concedidos 56.006 vistos de autorizações de trabalho a estrangeiros. Na comparação com 2006, o crescimento foi de mais de 120%. Desse total, 7.550 profissionais vieram dos Estados Unidos.

O pesquisador ressalta, porém, que olhar para experiências de outros países não significa que, necessariamente, o Brasil tenha a mesma experiência. “Tudo vai depender de fatores econômicos”, diz.

Trabalho contínuo
 
Ainda que o país esteja um pouco longe de sentir de fato o envelhecimento da população, problemas mais estruturais levam profissionais mais velhos a continuarem ativos, mesmo depois da aposentadoria. “Hoje, a gente já encontra pessoas que se aposentam e continuam trabalhando. O sistema previdenciário terá de passar por reformas”, acredita Ojima.

O pesquisador afirma que aumentar a idade mínima dos trabalhadores é uma das alternativas para equilibrar a Previdência Social. O fato, na avaliação do sociólogo, é que as políticas públicas não terão tempo para se adaptar às mudanças na pirâmide etária, mas o mercado talvez possa.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Exageros: simpatia e proatividade em excesso podem prejudicar profissionais

Já diz o dito popular que um sorriso abre portas, mas, sorrir demais, segundo alertam os especialistas, pode passar uma imagem negativa, de falsidade, e acabar prejudicando a evolução profissional dentro da empresa.

“Pessoas que ficam sorrindo o tempo todo e demonstrando disponibilidade de forma exagerada podem passar uma imagem de falsidade”, diz a consultora de planejamento de carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira.

Outra atitude tida como positiva, mas que, se for exagerada, pode acabar impactando de forma negativa os profissionais é o excesso de proatividade, que pode levar as pessoas a enxergarem este profissional como intrometido.

“Ser resiliente e proativo demais, querer saber de tudo, participar de tudo o que acontece na empresa, além de dar uma impressão negativa, pode fazer com que o profissional acabe deixando de lado as obrigações pelas quais ele é de fato responsável, o que torna o comportamento prejudicial para a carreira”, explica a consultora em carreira da De Bernt Entschev Human Capital, Gizelle Marques.

Extremos

Ainda segundo Gizelle, qualquer comportamento extremo é prejudicial para a evolução da carreira. Assim, quem sempre coloca o trabalho em primeiro lugar, como aqueles que nunca abrem exceções na vida particular para resolver questões profissionais, são mal vistos por gestores e líderes.

Neste sentido também, de exageros, ela destaca a excessiva resistência ao novo e a busca interminável por feedbacks

Na tentativa de acertar, de conseguir uma melhor colocação na empresa, as pessoas acabam exacerbando comportamento. Há aqueles que buscam o tempo todo por feedback, que querem sempre saber qual é o próximo passo para chegarem a outro patamar, por exemplo. Tais atitudes podem demonstrar ambição exagerada, impaciência para cumprir as etapas da evolução da carreira”.

Outras atitudes

Além das ações positivas, que, quando exageradas, tornam-se negativas, Karla lembra ainda das atitudes que sempre são tidas como negativas e acabam contando pontos a menos para o profissional:

  • Comprometer-se e não cumprir;
  • Falar mal de antigos chefes e empresas;
  • Não saber ouvir a opinião de terceiros;
  • Não saber lidar com críticas;
  • Querer aparecer mais que os outros membros da equipe;
  • Ser inflexivo e agressivo;
  • Ser centralizador;
  • Não cuidar da aparência pessoal;
  • Mostrar-se inseguro, desinteressado e não saber olhar a empresa como um todo.
Além da empresa

As especialistas lembram ainda que é um erro focar-se somente no emprego atual, esquecendo-se da empregabilidade. De acordo com elas, é preciso prestar atenção ao mercado e procurar se atualizar, para não sabotar a própria carreira.

Neste sentido, lembram, é essencial manter o networking, sendo um erro demonstrar-se preconceituoso, não sustentar as amizades e mostrar-se interesseiro, procurando as pessoas apenas quando precisa de algo.

Fonte: http://www.administradores.com.br/

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Os 5 principais motivos pelos quais profissionais ficam nas empresas

Se você é dos que pensam que o dinheiro está à frente de tudo na hora de um profissional decidir se fica ou se sai de uma empresa, é hora de rever seus conceitos. Embora a remuneração seja importante, outros fatores, como plano de carreira e boa comunicação, contam mais no momento da decisão, aponta pesquisa da Humanus, especializada em gestão de recursos humanos.

"As melhorias de salários e benefícios são vistos como fatores consequentes de oportunidades, principalmente para a nova geração, que busca liderança e carreira em ascensão", explica o diretor da Humanus, Evaldo Burcoski.

De acordo com a análise, os principais atrativos para manter talentos são:

1 - Plano de carreira
2 - Plano de retenção
3 - Avaliação / Gestão de desempenho
4 - Comunicação/feedback
5 - Remuneração variável

Estar próximo ao colaborador já não é mais um diferencial nas corporações. "É necessário feedback. As companhias perdem grandes talentos por não saberem ouvir seus profissionais", ressalta Burcoski. 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Como será o auge da sua carreira?

8 conselhos para quem quer estar bem aos 30 anos
 
 
Você acabou de se formar na faculdade. Talvez esteja comemorando a efetivação no trabalho ou procurando a primeira experiência depois de formado. Sonha em ser chefe um dia, aposentar-se com um bom salário... Mas você sabe mesmo o que fazer para conseguir isso?

Existem atitudes que você pode tomar desde o começo da carreira para que os seus sonhos sejam cumpridos. Pode-se considerar como a primeira fase importante da vida profissional até por volta dos 30 anos de idade. É quando os planos ficam mais reais. Ou, pelo menos, deveriam. “Até essa idade, o profissional trabalha para aprender. Depois disso, precisa direcionar, com mais firmeza, o rumo da carreira”, afirma Sônia Helena Garcia, diretora executiva da Ricardo Xavier Recursos Humanos. O marco dos 30 anos de idade serve apenas como um parâmetro, que pode ser mais elástico para uns ou mais apertado para outros.

“A carreira executiva, em geral, está definida aos 32 anos. Em outras palavras, é quando você tem que dizer a que veio, se não dificilmente chegará aos cargos mais altos”, afirma Gutemberg de Macêdo, autor do livro Fui contratado! E agora?. Conversamos com consultores de recursos humanos para saber: o que fazer hoje para estar bem aos 30?

1. Rascunhe um plano de carreira para a vida toda – nem que seja só para controlar a ansiedade
Um jovem que acaba de sair da faculdade dificilmente sabe, com precisão, o que quer fazer pelas próximas décadas. Mas os especialistas aconselham: é importante traçar um plano de carreira, ainda que grosseiro. Comece pelo final. Com quantos anos você gostaria de se aposentar? Em qual cargo? Vá fazendo as contas, de forma regressiva, até chegar à idade atual. Faça estimativas de quanto tempo vai precisar em cada passo do processo. “É um exercício para controlar a ansiedade. Ao fazer os cálculos, o jovem se dá conta em que momento da carreira está”, afirma Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half em São Paulo. “Se aos 25 anos, você estiver bem longe do posto de chefia que almeja alcançar aos 30, talvez seja melhor refazer os planos ou mudar a estratégia”, afirma.

2. Ouse e faça apostas, mas com propósito definido e riscos calculados
Apenas um em cada quatro trabalhores brasileiros está na profissão que sempre quis. Essa foi a conclusão de um estudo feito pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Iespe) em parceria com a MCI Marketing. Para evitar que isso aconteça com você, aproveite o início da carreira para arriscar – por exemplo, ter experiências curtas em várias empresas e áreas. É quando o impacto das suas decisões é menor tanto para você quanto para a empresa. Para decidir se muda ou não de emprego, você precisa pensar no que quer hoje e também no futuro. “Às vezes, o jovem está descontente com alguns aspectos do trabalho e quer logo sair. Mas se aquilo está o levando a alcançar os objetivos do plano de carreira, por que pedir demissão?”, diz Mantovani.

Os especialistas acreditam que seja preciso ficar por volta de dois ou três anos na mesma empresa até pular para a próxima oportunidade.

3. Transforme experiências de vida diversas (já que elas ainda não são muitas) em conhecimento aplicável ao trabalho
Tudo o que você fizer na sua vida pode ajudá-lo na carreira, desde que você interprete como aprendizado útil para a função que você exerce ou quer exercer. O trabalho voluntário, por exemplo, pode ensinar sobre liderança e organização a jovens que não teriam esse tipo de responsabilidade numa empresa privada. Até mesmo ter sido demitido do trabalho anterior pode contar como aspecto positivo na próxima entrevista de emprego. Como? “Em vez de esconder, você pode mostra o que aprendeu a partir do convívio com o antigo chefe. Tem que ter humildade para reconhecer no que errou e mostrar como é capaz de aprender”, afirma Paula Leão, diretora da C2 Consultoria. Trabalhar numa função diferente, por um tempo, também vale como aprendizado.

“Você foi caixa de uma loja porque precisava de um dinheiro para pagar o aluguel, por exemplo. Pode ter aprendido muito sobre comércio com isso”, afirma Andrea Huggard-Caine, diretora da consultoria Huggard-Caine.

4. Extraia o melhor de si mesmo e do ambiente de trabalho – crie vínculos reais, relacionamentos, aliados, mentores
O começo da carreira é também o momento de testar – e de aprender com os erros e com os acertos. Começa com pedir a opinião do chefe. “Não é perguntar o tempo todo, mas quando uma tarefa tiver sido concluída. Qual foi o resultado, o que o chefe achou do trabalho. Nunca levando para o lado pessoal”, diz Carlos Eduardo Ribeiro Dias, CEO e sócio da Asap. Dessa forma, você estreita a relação e, quem sabe, ganha um mentor. “São pessoas que vão lhe dar dicas de como conduzir seu trabalho e a carreira toda”, diz Gutemberg. Outra boa oportunidade para aproximar-se dos superiores, afirma, é durante encontros e apresentações de projetos. “Principalmente quando você faz a apresentação, é saindo-se bem que você chama a atenção.”

Se for fazer contatos profissionais fora da empresa, pense que eles não têm finalidade única de indicá-lo em possíveis entrevistas de emprego. Podem agir como mentores também. O famoso ato de “trocar cartões” é condenado pelos especialistas. O conselho da psicológa Bruna Dias, gerente de carreiras da Cia de Talentos, é se relacionar com os contatos de trabalho da mesma forma que na vida pessoal.

“O importante é encontrar o seu estilo de fazer amizades. Precisa ser natural”, afirma. “Assim como na vida pessoal, a escolha das pessoas com quem você vai se relacionar tem de ser definida por afinidade e não por status ou poder.”

5. Continue a estudar, mas deixe de se comportar como um estudante
A mudança de ambiente (da escola para o escritório) pode causar insegurança e irritação no jovem profissional. “Ele percebe que o trabalho bem feito não garante uma promoção ou aumento de salário. Isso gera frustração, porque na escola, o esforço é recompensado pela passagem de ano”, afirma Bruna Dias. Um erro comum, apontado pelos consultores, é fazer intercâmbio ou emendar outro curso com o objetivo principal de prolongar a sensação de ser estudante. “Se for uma questão meramente curricular, a experiência se assemelha a um verniz de baixa qualidade. Confere certo brilho, mas, em pouco tempo, deixa transparecer o caráter superficial”, afirma Hélio Martins, autor do livro Gestão de carreiras na Era do Conhecimento e dono da consultoria AlphaMind.

Se a intenção é aprender, sem preocupação com diploma, vale recorrer a cursos online. Grandes institutos de ensino no mundo todo, incluindo o MIT, oferecem aulas de graça pela internet. Outra ideia para quem acabou de se formar é fazer cursos de curta duração. “Primeiro, era preciso saber o básico da sua área. Depois, começou a ser exigidido o básico da empresa, hoje em dia, espera-se que o profissional vá além, conhecendo assuntos que não tem a ver com o trabalho”, afirma a consultora Andrea. A falsa pressão, de si mesmo ou do mercado, de continuar estudando, pode levar o profissional aos populares MBAs. Se você acabou de se formar, esqueça.

 “São cursos de gestão, que só servem para quem tem experiência como chefe. Só assim o MBA é proveitoso”, afirma Mantovani.

6. Prepare-se para coordenar – como ser um chefe jovem, lidar com a equipe sem ter muita experiência para isso
Pouco mais da metade (58%) dos candidatos que conseguiram uma vaga com a ajuda da consultoria Asap tem menos de 30 anos. A maior parte deles é formada por gerentes (51%), que ficam na frente dos coordenadores (26%) e analistas (23%). É fácil perceber, com base em outras análises também, que os jovens estão ocupando postos de gestão cada vez mais cedo. Mesmo que você tenha acabado de se formar, pode ir se preparando. Comece com o domínio de pelo menos um ponto específico da área que pode vir a chefiar.

“Você precisa ser minimamente admirado por sua competência técnica”, afirma Mantovani. Mas a qualidade mais importante de um gestor tem a ver com comportamento. “Os grandes CEOs se destacam por conseguir lidar com pessoas. Tem de gostar disso”, diz Mantovani. Como saber se você está pronto? Quando estiver ajudando a equipe sem ganhar benefício direto com isso. Logo que assumir o posto de chefe, o primeiro cuidado é o de abandonar hábitos anteriores. “O novo chefe tem que passar menos tempo executando tarefas e mais tempo gerenciando pessoas. Muitos jovens quando viram gestores acham que o importante é continuar entregando bons serviços.

Mas a carga, junto com a gestão, pode ser excessiva”, afirma Bruna. “Algumas pessoas já têm aptidão, habilidade inata para isso, mas, de maneira geral, o líder tem que saber lidar com a diferença, em um contexto de pressão por resultados. Isso é desafiador”, afirma Martins. “É tirar o melhor de cada um e não aquilo que você espera”, afirma Dias, sócio da Asap. Se você estiver bem longe de ter todas essas habilidades e ainda assim for convocado para a posição, mantenha a pose enquanto se dedica com mais afinco a preencher as lacunas de formação e comportamento.

7. Cuidado com os projetos paralelos -- eles merecem carinho, mas é fundamental manter foco e prioridades (algo não muito natural para a geração internet)
Ter ou não projetos pessoais é uma questão que divide os especialistas. Para Irene Azevedo, diretora de negócios da DBM, o jovem precisa ter um plano B, mas que seja algo que lhe dê prazer. “Algo para exercitar outras capacidades que não são aproveitadas, ampliar os horizontes. Não só um plano que lhe dê segurança caso perca o emprego”, afirma. “Todo mundo deveria ter um projeto paralelo em algum momento. Até para testar a si mesmo, saber onde se sai melhor.”

O cuidado é para não ficar sobrecarregado. “Para se dar bem na empresa, você precisa se sentir um empreendedor dentro dela. Como manter o entusiamo se você está dividido entre duas paixões?”, diz Paula, da C2. Se decidir por tocar um projeto pessoal, cuide para que o chefe não se incomode com isso. “Você pode dar a entender que os objetivos da empresa não são os mesmos que o seu”, afirma Paula.

8. Organize sua vida financeira. Quanto mais organizada ela for, menos dependente e refém de um emprego você será
Aqui, o conselho é direto: aproveite o tempo em que tem menos despesas – se comparado à vida em família, com uma casa e filhos para sustentar – para poupar. Gutemberg aconselha que o profissional tenha o equivalente a dois anos de salário guardados ou investidos. “Quem não constrói patrimônio desde cedo restringe sua capacidade de arriscar na profissão”, diz Martins.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Boa comunicação e alto-astral ajudam a construir imagem positiva no trabalho

Ter uma boa comunicação e alto-astral ajuda os profissionais a construir uma boa imagem no ambiente de trabalho, segundo revela o consultor organizacional, Eduardo Shinyashiki.

De acordo com ele, uma comunicação sem ruídos, com a pessoa sendo clara e não retendo dúvidas, e um bom astral ajudam quem quer ser lembrado de maneira positiva por líderes e colegas de trabalho.

Ter jogo de cintura para lidar com adversidades também é positivo. Entretanto, alerta ele, tais habilidades de nada adiantam se a pessoa não tiver competência. “As empresas esperam resultados, portanto, ser competente é essencial para construir uma imagem positiva. Caso contrário, a pessoa será lembrada como aquele “gente boa”, mas que não faz diferença”, explica.

Arrogância e acomodação


Ainda no sentido de auxiliar na construção de uma boa imagem no ambiente de trabalho, Shinyashiki lembra que a arrogância e a acomodação devem ficar longe dos profissionais que querem cultivar uma boa imagem.

Isso porque, diz ele, mesmo que seja uma situação pontual, a pessoa corre o risco de ser lembrada por este momento por um bom tempo, criando resistência nas outras pessoas.

“Mesmo que seja uma situação pontual, os líderes e colegas podem criar resistência à imagem da pessoa”, diz o consultor. Independentemente disso, lembra ele, é importante “a pessoa ser receptiva, humilde, não fazendo diferença entre os profissionais da empresa por conta do cargo que ocupam. Além disso, o profissional que quer ter uma imagem positiva não pode ser acomodado, deve sempre buscar conhecimento”. 

Dá para mudar uma imagem?
No que diz respeito aos profissionais que, por algum motivo, tiveram a imagem arranhada na empresa, o especialista diz que, seguindo os conselhos acima, é possível mudar a forma como são vistos.

Contudo, diz ele, este profissional deverá ter paciência, pois a tarefa é árdua. “É mais fácil construir uma imagem em outro lugar do que mudar uma imagem concretizada, mas é possível. A pessoa terá que ter paciência”.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Saiba o que é mito e o que é verdade na busca por um emprego

Quando o assunto é a busca por um novo emprego, muitas dúvidas surgem na cabeça dos candidatos. Aqueles que acabaram de ter filhos sofrem com a possibilidade de o empregador não querer pessoas com crianças pequenas. Outros, mais velhos, temem ser preteridos por conta da idade. Mas será que esses fatores realmente contam?

Para esclarecer estas e outras dúvidas, o InfoMoney consultou a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Juliana Gomes. Veja, abaixo, as respostas.

Idade atrapalha?

Segundo Juliana, quando o assunto é idade, as pessoas temem ser preteridas por serem mais velhas ou serem novas demais. Neste último caso, sobretudo, se estiverem pleiteando um cargo de liderança.
Entretanto, de acordo com a headhunter, tudo depende da posição e do perfil da empresa. “Não adianta querer colocar um profissional mais jovem para liderar pessoas com perfil sênior, por exemplo, e vice-versa”. 

Ter filhos é um problema?

De acordo com ela, cada vez mais, as empresas estimulam a qualidade de vida do profissional e esperam que ele saiba administrar o tempo. “A questão é de maturidade de administração”. 


Morar longe pode?

A distância e especialmente o tempo de deslocamento entre casa e trabalho são fatores nos quais as empresas prestam atenção, ganhando ainda mais importância nas grandes cidades, como São Paulo.
Por outro lado, Juliana explica que o tempo de deslocamento não é um fator de eliminação, mas pode ser “um voto de minerva” em alguns casos. 

Não ter perfil em redes sociais é um crime?

As redes sociais entraram definitivamente na vida das pessoas e isso inclui o mercado de trabalho. Atualmente, diz a especialista, os recrutadores investigam como as pessoas se relacionam na rede, observando tanto o relacionamento com amigos como com o networking.

“As pessoas têm que estar na rede, ligadas no que está acontecendo”. 

Ser mandado embora é sinal vermelho?

Ter sido mandado embora do trabalho não é motivo para preocupação. O problema, diz Juliana, é quando a dispensa se torna recorrente.

É perfeitamente natural sair quando os valores da empresa não combinam mais com os da pessoa. O problema é quando isso acontece repetidas vezes”. 

Muitos empregos em pouco tempo é ruim?

Neste caso, explica a especialista, a imagem do candidato pode ser prejudicada. O ideal é que a pessoa termine os projetos começados e fique ao menos de um a dois anos em cada companhia.

O contrário, acrescenta, ficar muito tempo em uma empresa também é ruim, especialmente se a pessoa não obteve qualquer evolução no período.

Processo de trabalho e licença saúde impedem novo emprego?

Ter no “currículo” um processo de trabalho ou uma licença saúde não impactam na busca por um novo emprego, esclarece Juliana. Contudo, no primeiro caso, diz, muitos processos podem chamar a atenção.

Já no segundo, independentemente do que tenha acontecido, explica, o que importa é postura do profissional, o comprometimento com o trabalho e os resultados obtidos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Empresas podem colaborar para equilíbrio entre vida pessoal e trabalho


Equilibrar trabalho e vida pessoal é responsabilidade do profissional, entretanto, as empresas também podem colaborar para o sucesso desta empreitada.

De acordo com a diretora de RH (Recursos Humanos) da Trevisan Outsourcing, Priscila Soares, as empresas devem manter uma boa infraestrutura, ter políticas claras e planejamento para não sobrecarregar ninguém. “O profissional só vai conseguir um bom equilíbrio entre vida pessoal e trabalho se a empresa estiver organizada”, alerta.

O gestor de carreiras da empresa de recursos humanos Gnetwork, Sidney Zenobio, também ressalta a importância do papel da empresa no equilíbrio entre vida profissional e pessoal do colaborador.

Para ele, horário de trabalho flexível, jornada de trabalho menor, incentivo à vida em família e prática de atividades físicas são algumas das ações que tornam o relacionamento entre empresa e funcionário mais positivo. “Os profissionais se sentem valorizados e vão ter mais condições para viver e trabalhar melhor e os resultados são os ganhos na produtividade e desempenho”.

Organização

No que diz respeito ao profissional, este, segundo Priscila, deve se organizar, planejar, aperfeiçoar competências técnicas e comportamentais, para ser um bom negociador e adequar suas tarefas.

Ter disciplina e definir metas e objetivos também são atitudes que auxiliam os que buscam equilíbrio entre vida profissional e pessoal, completa Zenobio. “Muitas pessoas não sabem aproveitar o tempo que possuem e, no fim, acabam se dedicando mais a uma tarefa do que outra sem necessidade”.

Os dois especialistas ressaltam ainda a importância da realização de atividades prazerosas, exercícios físicos e atividades de lazer, sendo recomendado, diz Priscila, sair ao menos duas vezes por semana para se divertir.

“O profissional deve estabelecer as tarefas do dia e o tempo para realizá-las, deixando espaço para lazer, cuidados pessoais, momento com a família e o momento para o trabalho”, explica o gestor.

Será que estou em equilíbrio?

Muitas pessoas têm dúvidas se estão com a vida pessoal e profissional equilibradas. Se este é o seu caso, abaixo vão algumas pistas do desequilíbrio:

■Sair da empresa e continuar pensando nos problemas do trabalho;
■Não sair no horário com frequência;
■Acúmulo de tarefas;
■Não ter vontade de se divertir.

“O colaborador deve deixar um contato, como um número de telefone, para casos urgentes. Caso contrário, o trabalho deve ficar do portão da empresa para dentro. É bom lembrar que as exceções existem, mas não devem virar rotina”, finaliza Zenobio.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

9 palavras e expressões contraindicadas no trabalho

 
Linnda Durre, consultora, psicóloga e autora do livro "Surviving Toxic Workplaces" ("Sobrevivendo a Locais de Trabalho Tóxicos", em tradução literal), listou as nove piores expressões e palavras para se dizer no trabalho.Para Sonia Carminhato, diretora de operações do Grupo Soma, empresa de consultoria em Recursos Humanos, quando uma empresa contrata um colaborador, espera que ele leve soluções. Dizer "vou ver o que eu posso fazer" e frases do tipo denotam uma predisposição a não fazer. Por isso, tome cuidado com seu discurso. "Frases assim denotam pouca proatividade", alerta. "Mas o principal é avaliar o comportamento do colaborador, não só o discurso".
Sonia faz uma ressalva para uma das escolhas da lista publicada na Forbes.com, em relação à expressão "Eu não sei". A diretora não vê problemas em usá-la quando você realmente não sabe a resposta. É melhor usar 'eu nao sei', seguido de 'vou procurar a resposta', do que fingir que sabe. "Dizer 'eu nao sei' é sábio, desde que venha a parte da proatividade depois", diz. Confira a lista de Linnda abaixo:

1. Vou tentar
O que realmente significa:
"não quero fazer, mas não vou dizer isso agora"
Como driblar: "Ponha paixão no seu trabalho", recomenda Linda no artigo para a Forbes. Assim, se o projeto não der certo, provavelmente é porque não era a hora - e não porque você não deu seu melhor.

2. Tanto faz
O que realmente significa:
"quero me livrar desta proposta logo"
Como driblar: evite esta expressão a todo custo. Na opinião de Linnda, utilizá-la cria um muro entre você e a pessoa para quem você respondeu. Se não confia em uma proposta, há outras maneiras de dizê-lo.

3 e 4. Talvez e Eu não sei
O que significam:
"não quero tomar uma decisão"
Como driblar: claro que ninguém tem certeza do que é preciso fazer o tempo todo. Mas às vezes estas expressões funcionam como uma tentativa de sair da berlinda. Fique atenta para não cometer esse erro.

5. Eu te dou um retorno
O que significa:
"quero adiar o andamento deste projeto"
Como driblar: ao ouvir uma dessa, insista na pergunta: "quando voltamos a nos falar?". E relembre a pessoa que você precisa de um retorno, por e-mail ou mensagem de texto.

6. Se
O que significa:
"quero jogar a culpa nos outros"
Como driblar: evite usar a palavra em um contexto específico, como "se o Fulano fizer a parte dele, eu faço a minha". É preciso entender que cada um tem sua parte - e não se apoiar nisso.

7. Sim, mas...
O que significa:
"não quero me envolver no projeto"
Como driblar: pergunte a si mesma se, ao dizer "sua ideia é ótima, mas...", está listando obstáculos reais ou apenas se apoiando para não participar da execução de um projeto.

8. Eu acho...
O que significa:
"não me importo o suficiente"
Como driblar: não chute. Ao ser perguntada sobre algo, cheque os dados. Se preciso, diga a seu chefe que você vai verificar, e depois dê um retorno a ele.

9. Vamos ver
O que significa:
"quero evitar confronto"
Como driblar: para Linnda, esta frase é conhecida de todas nós desde quando éramos crianças. Lembra do quanto era frustrante pedir autorização para um passeio e ouvir seu pai responder "Vamos ver"? Não repita esta experiência no trabalho, seja você chefe ou subordinada. Dê explicações claras e, se precisar de um tempo para decidir, combine um retorno e o cumpra.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Você sabe trabalhar em equipe? Dificuldades podem comprometer carreira

Com as áreas das empresas cada vez mais integradas, ter a habilidade de trabalhar em equipe é pré-requisito para se dar bem na carreira. Aliar os conhecimentos do seu departamento com as necessidades de outros exige uma habilidade de conciliar pontos de vista que só quem sabe trabalhar em equipe consegue fazer. E quem não consegue lidar com essa realidade, pode não se dar bem.

“As habilidades comportamentais é o que mais difere os profissionais que tecnicamente são muito parecidos”, afirma a coordenadora de treinamento e desenvolvimento da Personal Service, Bianca Lemos. “Saber compartilhar, trocar informações, criar interfaces e alianças faz com que os objetivos sejam alcançados com maior facilidade”.

Para a consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Vanessa Mello Roggeri, quem não consegue trabalhar em grupo pode perder oportunidades. “Porque ele não consegue se colocar nos projetos e não sabe fazer o marketing pessoal”.

Ela explica que a lógica é que o profissional que não trabalha bem em grupo, não consegue se expor e impede o próprio desenvolvimento profissional. Embora não pareça, o problema é grave. Mas pode ser resolvido. “O profissional deve fazer uma autoavaliação para tentar perceber como ele trabalha em equipe, como ele se sente quando é colocado nessa situação”.

Não são raros os casos em que os profissionais pensam que sabem lidar com trabalhos em grupo e só descobrem o contrário quando a dificuldade se torna um problema.

Os sinais


E como saber se é o profissional sabe lidar ou não com trabalhos em grupo? Para as especialistas consultadas, existem casos em que apenas terceiros conseguem identificar o problema. Mas é possível que o próprio profissional consiga identificar a questão, basta ficar atento aos sinais.

Se no decorrer do trabalho ocorrerem conflitos, avalie se eles não foram gerados por você. Perceba se você ouve com facilidade as ideias dos outros integrantes da equipe e se aceita com facilidade as críticas dos demais.

Para Bianca, profissionais com dificuldades de trabalhar em equipe costumam ser mais individualistas e são mais inseguros que o normal. “São pessoas mais centralizadoras e perfeccionistas, que não confiam nos colegas de trabalho”, diz a especialista.

Vanessa ressalta que ainda faz parte do perfil desses profissionais que são mais introvertidos. “Nesse caso, não é que ele trabalhe mal em equipe, é que ele acaba não opinando ou não participando de projetos mais efetivamente por medo de errar ou por insegurança”, afirma.

Desenvolva a habilidade

Quem sabe trabalhar em equipe tem mais facilidade de lidar com pessoas, desenvolve de modo mais efetivo a criatividade, pela facilidade de trocar ideias com outras pessoas. “Para tentar ser mais participativo e sanar a dificuldade de trabalhar em equipe, os profissionais precisam passar pela autoavaliação”, ressalta Vanessa. “Somente ela permitirá que ele se conheça”.

A partir daí, aconselha a consultora, o comportamento só vai mudar se o profissional quiser. “Vai ter de partir dele querer participar mais, interagir mais”, afirma. Para ela, o profissional precisa perder o medo de opinar, tentar ouvir os colegas e enxergar o lado positivo de possíveis críticas.